O impacto do aumento do IPI para as empresas automobilísticasO Governo editou

decreto regulamentando o aumento em 30% no Imposto sobre Produtos Industrializados (IPI) sobre a importação de carros, justamente no momento que as indústrias automobilísticas de outros países ganhavam força no mercado nacional. Será que as montadoras instaladas no Brasil sofreram algum impacto com esse aumento do IPI?

Com essa nova medida, as empresas nacionais respiraram aliviadas, pois sofriam forte pressão das concorrentes internacionais, como as marcas da China e Coreia, que entraram no mercado com carros mais completos e com preços mais baixos.

Para entrar na concorrência nacional sem a redução do IPI, a tendência é que as montadoras invistam em fábricas no Brasil. A ANFAVEA, associação responsável por coordenar e defender os interesses ddas fabricantes de automóveis, acredita que tal ação só contribuirá para o crescimento e expansão das indústrias e empresas ligadas ao setor automobilístico em nosso país.

O impacto do aumento de IPI no Brasil para as empresas internacionais foi grande. As vendas de carros importados caíram devido aos preços, que aumentaram consideravelmente após o decreto.

Aqui no Brasil, os efeitos não foram sentidos de imediato. Apenas aquelas empresas que não utilizam boa parte das peças brasileiras sofreram, pois teriam que, de acordo com a medida, “nacionalizar” os seus carros. Os resultados das montadoras, que eram previstos como negativos, acabaram sendo positivos em novembro, mas nada garante que seja pelo aumento dos produtos importados. Mesmo com esse crescimento, as empresas vão contar com metas de vendas abaixo das expectativas para 2011, já que o impacto do aumento do IPI poderá ser sentido de médio a longo a prazo no país.

De acordo com o Ministro da Fazenda, Guido Mantega, essa medida foi adotada para proteger as empresas brasileiras do aumento da concorrência de produtos importados. Com isso, o Governo espera que a produção não sofra nenhum impacto nas vendas e na produção industrial. Algumas marcas chinesas, por exemplo, que estavam concorrendo com montadoras nacionais, receberam a notícia e recorreram alegando protecionismo por parte do Brasil, o que é proibido nas negociações comerciais.

Já sentiu alguma mudança provocada pelo aumento do IPI? Compartilhe aqui suas experiências!

Moore Brasil