Crise econômicaO ano de 2011 foi bem movimentado e delicado em relação à situação econômica brasileira e mundial. Depois de 2008, o mundo se encontrou novamente em meio a uma crise, com diversos países europeus pedindo ajuda financeira para não quebrarem. O euro, moeda considerada forte e referência nas transações internacionais, está sob risco de sobrevivência e alguns países dessa zona já convivem com recessão na sua economia. Qual o efeito da crise atual no Brasil?

Mesmo que atualmente o país se encontre em situação melhor do que em outras ocasiões para enfrentar os impactos da crise, com fundamentos econômicos mais sólidos, o Brasil não escapará de sofrer em alguns aspectos. Embora ainda amparado, principalmente, em seu mercado interno, a crise acentuada nos países europeus e a situação atual nos Estados Unidos nos fazem prever momentos pouco esperançosos também para nós. O PIB, que já tinha uma previsão do governo de crescimento baixo, de 2,9%, deverá crescer apenas por volta de 2,4% neste ano. Isso em parte se deve à crise internacional, embora o pequeno crescimento seja, na verdade, efeito do impulso econômico exagerado provocado pelo governo em 2010, sob influência do panorama eleitoral, o que também elevou substancialmente a inflação em 2011. Outro dado relevante é que apesar de ainda positiva, a criação de novos empregos foi a menor desde 2008.

Diante desse panorama, as empresas já mostram uma grande preocupação com possíveis impactos da crise mundial:

– queda nas vendas, possivelmente mais intensa em companhias exportadoras;

-continuidade da redução da atividade industrial, também como resultado de incremento na competição internacional;

– alguma queda do consumo interno, com os primeiros sinais já sendo observados;

– dificuldade de obter crédito no mercado, em especial de fontes externas.

O Brasil deve adotar, e na verdade já tem adotado, algumas medidas para tentar absorver o choque que essa crise, inclusive seus componentes tupiniquins, pode trazer para as nossas empresas. Alguns bancos e setores da indústria já estão também se adiantando nesse sentido, em resposta a um possível agravamento da situação. Vale lembrar que a crise econômica de 2008 afetou 52% das empresas, a maioria delas de grande porte, e que 30% delas sentem efeitos até hoje.

Sua empresa está preparada, já elaborou um plano de contingência, para enfrentar um indesejado, mas possível agravamento da crise econômica?

Moore Brasil