Sustentabilidade e responsabilidadeUma das atividades mais antigas do Homem é o comércio. A história das grandes navegações, expedições e conquistas de novos continentes claramente têm objetivos comerciais. Quem não se lembra das histórias de Marco Pólo?

Quando analisamos mais detalhadamente cada um desses episódios históricos, observamos que, na essência, nada mudou. Apenas a forma de negociarmos é que passou a ter novas tecnologias e dimensões muito maiores, principalmente devido a globalização.

Atualmente, a tecnologia e a segmentação do processo na realização do comércio em várias etapas fazem com que um grande número de pessoas passe a agir para ter o atendimento desejado. Basta imaginar o que acontece, por exemplo, quando você adquire, pela Internet (e-commerce), um livro. Depois de seu clique final, no qual concorda com os termos da aquisição, uma série de processos é desencadeada, seguindo rigorosamente cada fase definida previamente. Todo o processo tem como objetivo garantir segurança e satisfação do cliente “invisível” e a todas as pessoas envolvidas na venda, remessa e entrega da mercadoria.

Essa mudança, hoje, parece algo simples e banal, isso não é mais uma novidade.

Há, entretanto, a possibilidade de serem feitas mudanças qualitativas no próprio processo. Nessa inovação, é possível criar-se um arranjo para atender a responsabilidade social, promovendo a inclusão de um grande número de portadores de necessidades especiais (PNE). A Lei 8.213/91, que está completando 20 anos, estabeleceu a obrigatoriedade das empresas contratarem pessoas com necessidades especiais (PNE), definindo as cotas a serem cumpridas.

É importante ressaltar que a falta de atendimento a esse dispositivo é punido com severas multas. Se considerarmos que a tecnologia já permite que muitas atividades, nos vários processos existentes no e-commerce ou em outras atividades na internet, podem ser realizadas e controladas quando executadas no estilo “home office”, precisamos capacitar pessoas, especialmente as PNE ou com dificuldade de locomoção, para termos um número significativo de prestadores desses serviços.

Trata-se de uma quantidade de mão-de-obra bastante expressiva. Segundo dados da Secretaria da Pessoa com Deficiência e Mobilidade Reduzida de São Paulo, a cidade tem hoje em torno de 10% de sua população com algum tipo de deficiência. Esse percentual supera um milhão de pessoas!

Comparativamente, e considerando que desse conjunto, cerca de 80% esteja em idade produtiva, essas pessoas lotariam dez vezes a capacidade do Estádio do Morumbi. Nesse caso, há também a vantagem de que no trabalho “home office” não há gastos desnecessários com energia ou o deslocamento das pessoas. Tudo é feito com o uso da tecnologia da comunicação! Além do efeito “zero” na emissão de carbono, há um grande contingente que deixaria de aumentar a quantidade de veículos em trânsito.

Assim, o E-commerce tem uma excelente oportunidade de proporcionar uma inovação em sua forma de operação, além de gerar substantivos ganhos de ordem social e sustentável. Isso resolveria a questão da necessidade de cumprimento de cotas de muitas empresas.

E você, conhece empresas que necessitam contratar PNE? Converse conosco e conheça as soluções possíveis para cada caso.

*Esse post teve a colaboração de Antonio Carlos Pedroso Siqueira, Diretor da Moore Stephens Auditores e Consultores.

 

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